Constantemente surgem eleições e estatísticas das mais variadas sobre quem foi o melhor jogador do mundo em todos os tempos e a mania se intensificou com a popularização da internet.
Tirando os argentinos, tomados pela “doença-Maradona”, todos reconhecem Pelé como o maior de todos os tempos. Mas excetuando-se o lendário camisa 10 do Brasil impera o caos.
Cada “eleição” utiliza critérios diferentes tanto e obviamente chega a resultados diferentes. Pra começo de conversa as eleições feitas pela internet não podem ser levadas a sério.
Primeiro motivo: o acesso a internet é extremamente desproporcional considerando todos os países. É o óbvio, mas é bom lembrar, porque isso privilegia potencializa eleitores de países com mais computadores e acesso a rede mundial, ou seja, os mais ricos.
O segundo motivo é que entre os usuários de internet os mais jovens ainda são maioria e simplesmente não viram jogar, ou no máximo ouviram falar, de jogadores dos anos 50, 60, 70 e 80, por exemplo. Dificilmente votarão nestes nomes.
Além disso, os mais velhos, que teriam condição de comparar jogadores ao longo de um espaço de tempo mais abrangente tendem a ser cada vez menos, afinal um fenômeno chamado morte costuma atingir as pessoas depois de algumas décadas de vida e os mortos até onde sabemos não acessam a internet.
O resultado é que depois de Pelé, aparecem Ronaldo, Zidane, Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Cristiano Ronaldo e até Messi no topo da lista dos “melhores do mundo”.
Deuses da bola como Didi, Zizinho, Puskas, Rivelino, Di Stéfano, Cruiff e Beckenbauer e outros situam-se muito mal, ou são esquecidos, nas “modernas” listas dos melhores do mundo.
Melhor seria qualificar estas “eleições” como simples enquetes de opinião restritas a uma ou duas décadas no máximo.
Mas se Pelé segue soberano devido à vastidão de sua fama, que sobrevive ás décadas, nos resta uma pergunta: ele foi mesmo o maior de todos os tempos?
Este será o tema de um futuro post.
Cadê Ronaldinho?E Roberto Falcão? Sem falar de Michael Laudrup!
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